Quando falamos sobre economia circular, é comum surgirem alguns termos que parecem sinônimos, mas não são. E entender essas diferenças faz toda a diferença na hora de desenhar uma estratégia de circularidade que funciona de verdade.
Dois desses termos são Cradle to Cradle e Design for Recycling. Ambos fazem parte do universo do design circular de embalagens e reciclabilidade, mas têm propostas bem diferentes. E, sim, isso muda a forma como os produtos são pensados e o que acontece com eles depois do uso.
O Cradle to Cradle (ou “do berço ao berço”) é quase uma provocação: e se a gente simplesmente parasse de produzir lixo? A lógica aqui é desenhar produtos que nunca se tornem resíduos. Eles são feitos para voltar 100% para a indústria ou para a natureza, sem gerar perdas, sem gerar impacto negativo.
Pra isso, tudo começa lá na origem. Na escolha dos materiais, nos processos produtivos, na forma como a energia é usada e até no planejamento do que acontece depois que o produto cumpre sua função. Não dá pra pensar só no fim, o ciclo inteiro precisa estar na mesa desde o começo.
Por outro lado, o Design for Recycling (ou design para reciclagem) tem um foco mais pontual. Ele olha pro fim da vida útil dos produtos, geralmente com foco nas embalagens, e se pergunta: como garantir que esse material seja mais fácil de reciclar?
É aí que entram ajustes como escolher materiais que não sejam misturados, evitar colas ou elementos que dificultam a separação, e até simplificar embalagens pra que elas realmente voltem pro ciclo produtivo, e não acabem indo parar em um aterro.
Se fosse pra resumir esses conceitos atrelados à reciclabilidade, dá pra pensar assim: DfR é sobre garantir que o fim tenha um recomeço. C2C é sobre garantir que esse ciclo nunca se rompa. São olhares diferentes, mas que se complementam.
E sim, isso importa, e muito. Porque o problema dos resíduos não vai se resolver sozinho. As empresas que entendem esse movimento saem na frente. Inovam, criam modelos mais circulares, evitam riscos e, de quebra, agregam valor real às suas marcas.
Circularidade não é moda. É estratégia. É um jeito mais inteligente — e necessário — de fazer negócio. E você não precisa percorrer esse caminho sozinho. Seja começando com mudanças no design dos seus produtos ou repensando toda a lógica do seu negócio, dá pra construir soluções viáveis, escaláveis e que façam sentido para a sua operação.
Se a sua empresa quer trilhar esse caminho, conte com a Yattó. A gente te ajuda a transformar resíduos em valor e tornar seus processos mais circulares, na prática.